Pucón

Eu já havia lido muitos relatos de viagens a Pucón e a imagem que eu tinha era de uma cidadezinha pacata, apenas uma sequência de casinhas de madeira em estilo alemão e poucas pessoas e carros nas ruas. Minha errônea impressão durou pouco tempo! Chegamos à cidade pela manhã, enquanto ela ainda dormia, mas, à medida em que as horas foram passando, descobrimos que de pacata Pucón não tem nada! No meio do ano ela é um típico destino romântico de inverno, mas no verão ela é invadida por turistas argentinos e chilenos, muitas famílias com filhos e grupos de adolescentes em férias. Essa descrição pode parecer uma mistura descontrolada, mas, surpreendentemente, casais em busca de tranquilidade convivem harmoniosamente com essa muvuca. Pucón é bem democrática!

A cidade em si não tem muitos atrativos turísticos além dos bons hotéis e restaurantes, mas ela é uma base perfeita para aproveitar os arredores. Há tanta coisa para fazer que mal sobra tempo para curtir Pucón. O bom é que em pouco tempo é possível conhecer todo o centrinho.

A principal avenida é a Bernardo O’Higgins. Ao longo dela estão dezenas de restaurantes, um bom supermercado e a maioria das agências de turismo. O movimento de carros é constante, apesar de serem desnecessários para a locomoção dentro da cidade. Já a Rua Fresia é famosa pela concentração de bons e caros restaurantes. Eu tive até medo de entrar para conferir os preços…

Avenida Bernardo O'Higgins

Avenida Bernardo O'Higgins

Rua Fresia

Basta olhar para o lado para ver a grande atração de Pucón: o Vulcão Villarrica, onipresente na paisagem. Ele pode ser avistado de quase qualquer ponto da cidade e sempre arranca suspiros. Pelo menos os meus, que não me cansei de olhar para ele. Tive que me segurar para não tirar dezenas de fotos repetidas. Até a hora de ir embora eu ainda não havia me acostumado. É hipnotizante!

Vulcão Villarrica

Mas o Villarrica não é apenas um enfeite. Ele é um dos vulcões mais ativos da América do Sul. Em dias claros é possível avistar a fumarola constantemente expelida de sua cratera. No século passado ele entrou em erupção várias vezes e causou algumas centenas de mortes. A última delas aconteceu em 1984/1985. Pucón teve que ser evacuada, mas felizmente a lava não atingiu a cidade. Como não é possível prever a atividade vulcânica, o Villarrica é monitorado constantemente. Na rua principal há  um semáforo que informa o risco vulcânico e também uma placa com instruções. Nas ruas são sinalizadas as rotas de fuga em caso de alerta. Por via das dúvidas, eu li tudo com atenção e só fiquei tranquila porque o sinal estava verde. :-)

Alerta de risco vulcânicoAlerta de risco vulcânico

Vulcão Villarrica

Outro símbolo de Pucón é o Lago Villarrica. No final da Avenida Bernardo O’Higgins fica La Poza, uma baía de onde saem passeios de barco. Lá há uma pequena pracinha e  o portal com duas estátuas de índios mapuches, os moradores originais da região.

Lago Villarrica

Índios Mapuches

Lago Villarrica

Lago VillarricaLago Villarrica

A algumas quadras dali, na Rua Pedro de Valdivia, há uma outra praça, bem maior, onde acontece uma feira de artesanato. Estávamos em busca de uma miniatura do Vulcão Villarrica para incrementar nossa coleção e nos falaram que lá seria um bom lugar para comprar souvenir, mas nem lá ou em qualquer outra loja encontramos uma réplica decente do maior símbolo da região!

Praça em Pucón

Feira de Artesanato

E praticamente atrás da praça fica Playa Grande, um dos lugares que mais me surpreendeu em Pucón: uma praia de lago com pequenas ondas, uma areia grossa e preta, água geladíssima e o povo lá, esturricando sob o sol! A visão do vulcão na paisagem ao fundo tornava a cena ainda mais inusitada. Mas cada um aproveita o verão na praia que tem, né?Playa Grande

Playa Grande

À primeira vista Pucón pode até parecer um destino sem graça, mas eu garanto que não é! A oferta de atividades é enorme e há espaço e opções para todos. Ficamos três dias lá, mas foi pouco. A cidade é bem aconchegante e segura, é super fácil se locomover por lá e os preços não são nada abusivos. Ainda pretendo voltar em outra época, para ver como a cidade fica quando está mais vazia, mas mesmo lotada ela me encantou. Nos próximos posts vai ficar mais fácil entender o porquê. :-)

2 Comments

  1. Olá, gostei muito de seus relatos, muito util! Estou indo agora em dezembro. Qual mês que você esteve?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.