Lisboa: uma tarde em Belém

Já era nosso penúltimo dia em Portugal e ainda não tínhamos visitado Belém, um dos bairros mais famosos de Lisboa entre os turistas. Nossa parada não programada em Aveiro atrasou nosso retorno à capital e, para não perder tempo, decidimos tirar o atraso quase que direto da estação de trem, ou melhor, da estação de comboios. Foi só o tempo de deixar as coisas no hotel e correr para a Praça da Figueira, onde pegamos o Eléctrico 15 rumo a Belém. O trajeto levou cerca de meia-hora. Descemos no ponto do Largo da Princesa e logo começamos a avistar a primeira atração daquela tarde: a Torre de Belém.

De longe a Torre de Belém não me impressionou. Tão pequenininha e solitária… Só de perto é que seus detalhes começaram a se destacar. A torre começou a ser construída em 1514, no reinado de D. Manuel I. Nos primeiros anos, ainda sob o nome de Torre de São Vicente, ela desempenhou sua função inicial de defesa do território, mas logo passou a servir como prisão política. A vista lá de cima nem é tão bonita, mas a arquitetura rebuscada já faz a visita valer a pena. Nós tínhamos comprado o Lisboa Card, um passe que dá acesso gratuito ao transporte público de Lisboa e a várias atrações, incluindo a Torre de Belém, mas o bilhete normal custa 6 €.

De lá seguimos para o Padrão dos Descobrimentos, outra atração que de longe eu desdenhei, mas que me deixou boquiaberta de perto. Ele é enorme! O monumento homenageia o período das navegações portuguesas, tema tão recorrente em Portugal. Na caravela que se lança ao mar estão representadas várias figuras emblemáticas desse período, como os navegadores Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama e o poeta Luís de Camões. É possível visitar o miradouro e a sala de exposições no interior do monumento. Consulte mais informações aqui. De lá a gente ainda tem uma vista e tanto da Ponte 25 de Abril, mesmo sem miradouro.

Chegou a hora então de conhecermos o Mosteiro dos Jerónimos. Confesso que, depois de visitar os mosteiros da Batalha e de Alcobaça, já não havia tanta emoção, mas o Mosteiro dos Jerónimos ainda conseguiu me surpreender por causa de seu jardim. O problema é que começou a chover bem na hora em que estávamos em frente a ele, então corremos para entrar no mosteiro e nem deu tempo de tirar muitas fotos. Chuvinha de nada, que passou em questão de minutos, mas que desfalcou meu arquivo fotográfico. :-(

Lá dentro uma das principais atrações é a Igreja de Santa Maria de Belém que, além de ser monumental, ainda abriga os túmulos de Vasco da Gama e Luís de Camões. O Lisboa Card também dá direito à entrada no Mosteiro dos Jerónimos. O bilhete normal custa 10 € e o que conjuga o Mosteiro e a Torre de Belém custa 12 €.

A essa hora vocês já estão se perguntando: mas e o famoso Pastel de Belém? É claro que ele não iria faltar! Não é por causa dele que muita gente vai a Belém? Como não havia nenhuma mesa disponível no salão da confeitaria, compramos uma caixinha recheada de pastéis no balcão e corremos para a praça mais próxima para degustá-los ainda quentinhos. De todos os Doces de Portugal que experimentei, com certeza ele foi um dos meus preferidos! Não é à toa que a Antiga Confeitaria de Belém faz sucesso há quase dois séculos!

Para fechar o passeio, ainda fomos ao Museu Nacional dos Coches, que já até ganhou um post especial aqui no Viaggiando. E, como eu já disse no tal post, ele fica bem mais vazio do que as atrações de Belém, mas nem por isso é menos interessante.

E assim terminou a nossa curta passagem por Belém. Uma tarde corrida, mas muito bem aproveitada. É claro que não deu tempo para ver tudo o que Belém oferece, mas viagem é assim mesmo, né? A gente tem que espremer daqui e dali para conseguir fazer tudo o que quer. E quase sempre fica feliz! :-)

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