198 Livros: Emirados Árabes Unidos – The Sand Fish

198 Livros - Emirados Árabes UnidosAssim como acontece  com as férias, quando a gente começa a viajar ainda no planejamento do roteiro, essa volta ao mundo através dos livros também começa bem antes de eu ler as primeiras páginas. Meu primeiro contato com o país sorteado começa na escolha do livro. Durante esse processo, eu acabo descobrindo um pouco sobre sua história, sua cultura e sobre os fatos políticos, sociais e econômicos que influenciam seus escritores. Aprendo sobre o mercado editorial de cada país, qual o tipo de literatura mais consumida e chego à parte mais difícil: as traduções. Já descobri que apenas uma pequena parcela dos livros publicados na maioria dos países são traduzidos para outras línguas. Se eu tentasse ler livros apenas em português nesse projeto, provavelmente eu não conseguiria ler nem metade dos países! Então corro para o inglês e meu leque de opções já aumenta. Na verdade, nem mesmo as pesquisas seriam possíveis apenas em português. Ao contrário do que eu imaginava, temos muito pouco acesso à literatura do mundo, não só aos livros, mas também às informações sobre elas. Talvez esse conhecimento esteja nas mãos de alguns poucos especialistas nas universidades, mas esses estudos não parecem ser disseminados.

Quando eu descubro alguns livros em inglês, surge outro problema: como comprá-los? As livrarias brasileiras ainda têm um acervo muito pequeno de livros importados, então recorro às estrangeiras. A maioria dos livros estão disponíveis na Amazon.com ou em outras grandes livrarias, mas geralmente essas encomendas demoram a chegar. Não dá para comprar livros no exterior quando se tem pressa. Felizmente, hoje temos os livros digitais, o que nos permite ter acesso ao livro comprado em questão de segundos! Não sei o que seria desse projeto sem eles! Bom, com certeza daria para seguir em frente, mas seria muito mais demorado e caro. Por isso é que nesse projeto eu vou privilegiar os livros disponíveis para kindle. O funil fica ainda mais estreito assim, pois os livros digitalizados ainda são minoria, mas se ganha em rapidez e praticidade.

Enfrentei todos esses problemas na pesquisa de um livro dos Emirados Árabes Unidos (EAU). Poucos romances, poucas traduções, poucos livros digitais… Descobri um blog chamado Arabic Literature, em inglês, que me ajudou a desvendar esse universo. Outra descoberta fantástica foi a Banipal, uma revista britânica independente sobre literatura árabe traduzida para o inglês, mas a maioria das indicações que vi por lá ainda não estão disponíveis comercialmente. De qualquer forma, são duas ótimas fontes para começar a entender o mercado literário dos países árabes.

Os Emirados Árabes são um país novo (sua independência do Reino Unido só foi decretada em 1971) e parece que eles ainda não têm uma cultura literária muito forte. Livros de poesia e contos são os mais publicados. Em uma entrevista à Banipal nº 42, a escritora de contos Mariam al-Saedi expõe uma opinião interessante. Ela diz que isso é culpa da sociedade fechada dos EAU, imersa em tabus, e que o tempo para publicação de romances no país ainda não chegou. Outra coisa que me chamou atenção é que as mulheres dominam as inovações literárias no EAU atualmente. E, para incentivar a publicação de romances, muitos prêmios e concursos têm sido instituídos. Com certeza ainda veremos muitas novidades literárias vindas de lá nos próximos anos.

Depois de muita pesquisa, constatei que não dava para ser muito criteriosa na minha escolha. AThe Sand Fish - Maha Gargash verdade é que nenhuma opção me agradava, mas, discutindo sobre o assunto com a Carla Portilho, que também embarcou nesse projeto, resolvemos ler o livro The Sand Fish, de Maha Gargash, que é um dos poucos disponíveis para kindle. Confesso que eu estava meio desanimada com ele após ler alguns comentários no Goodreads, mas deixei os preconceitos de lado e comecei a leitura!

A história de The Sand Fish se passa nos Emirados Árabes da década de 50, antes do petróleo mudar a economia e o modo de vida da região. A autora diz que o livro é uma tentativa de preservar a cultura dessa época, já que tudo mudou muito rápido de lá para cá e o risco de que as memórias de seus ancestrais se percam para sempre é grande. Noora, a personagem principal, tem 17 anos e vive com os irmãos em uma região isolada nas montanhas da Península Árabe, entre os emirados de Ras al-Khaimah e Fujairah. A mãe morreu há pouco tempo e o pai está perdendo a lucidez, o que faz com que seu irmão mais velho, que tem apenas 14 anos, assuma a função de chefe da família. Noora é espontânea, rebelde e até um pouco selvagem, como muitos a descrevem, ainda mais vivendo longe da sociedade e da maioria das convenções, mas não dá para esquecer que ela vive em uma sociedade conservadora e muito repressora. Sua vida muda quando o irmão, em busca do que ele julga ser o melhor para ela, arranja seu casamento com um rico comerciante, muito mais velho que Noora. Ela se torna sua terceira esposa e é levada para longe de sua terra natal e de sua família, sendo obrigada a se adaptar a uma vida totalmente diferente e que ela não escolheu.

Não sei até que ponto as informações do livro são fiéis à realidade. Será que há tão pouco tempo ainda existiam escravos nos Emirados Árabes? A maioria das casas, mesmo nas cidades, não tinham banheiro? E a falta de liberdade das mulheres? Será que a situação ainda é a mesma? Não ter o direito de decidir o próprio destino deve ser uma das piores prisões que existe. É claro que a situação das mulheres no mundo árabe era minha maior curiosidade e também foi o que mais me impressionou no livro, mas vários outros temas são abordados: a escassez de água, as incertezas e privações de quem vive quase isolado do mundo, o declínio da indústria de pérolas, a situação desconfortável também dos homens, que não podem expressar seus sentimentos… Não vou contar muito para não acabar com as surpresas da história, mas, como não poderia deixar de ser, várias passagens do livro me fizeram refletir sobre a diferença entre as culturas ocidental e árabe, mesmo numa história que se passa há mais de 50 anos. Mas alguns sentimentos, como o amor fraternal, são universais e atemporais. A relação entre Noora e seu irmão, apesar da mágoa que ela guarda dele pelo casamento forçado, é muito bonita. Sem contar a cena final do livro, em que… Ops! Já tô quase contando mais do que devo!

Confesso que eu sei muito pouco sobre a cultura árabe e preferia ter lido um livro que a retratasse hoje, mas ainda terei muitas chances, pois esse é só o primeiro dos países árabes a aparecer por aqui (e não é que o próximo destino também é um país árabe?). De qualquer forma, foi legal ter uma primeira visão desse universo através da voz feminina. No fim das contas, o livro foi até melhor do que eu esperava. Acho que ele não deve entrar na lista dos melhores livros desse projeto, mas ele me mostrou uma faceta interessante dos Emirados Árabes, distante do luxo e riqueza que associamos hoje ao país.

Maha Gargash nasceu e vive em Dubai.  O livro nasceu de pesquisas que elas fez enquanto produzia documentários sobre seu país para a TV.

The Sand Fish foi publicado originalmente em inglês, em 2009, pela HarperCollins e ainda não foi traduzido para nenhuma outra língua.

Mais alguns livros de autores dos Emirados Árabes Unidos:

  • In a Fertile Desert: Modern Writing from the United Arab Emirates
  • The Wink of the Mona Lisa, Mohammad Al Murr
  • Desperate in Dubai, Ameera Al Hakawati
  • From Rags to Riches, AbdulJaleel AlFaheem
  • Jack Patel’s Dubai Dreams, P. G. Bhaskar

Saiba mais sobre o Projeto 198 Livros.

35 Comments

  1. Desbravando Madrid

    Gostei muito deste livro!
    E infelizmente muitas das coisas que são retratadas no livro (casas sem banheiro, mulheres sem independencia, etc) são verdade ainda nos dias de hoje! Talvez não em cidades grandes (principalmente o tema dos banheiros), mas em zonas mais rurais estou certa de que isso acontece!

    Abraço :)
    susana

    • Oi, Susana! É o que imagino mesmo. Nas cidades grandes as coisas mudam com muito mais rapidez, mas no interior as coisas são mais lentas em qualquer parte do mundo.

  2. Lucimara Busch

    Agora li os comentários e vocês sobre as roupas. Eu tinha ido no google procurar dishdashas hehe

  3. Lucimara Busch

    Olha eu vindo pro início da fila agora! E já to sofrendo pra ler em inglês rsrs. Será que nos próximos será mais fácil? rsrs

    • Vai ser mais fácil sim, Lucimara! A gente vai se acostumando com a linguagem de cada autor e de um livro para o outro vai evoluindo! Mas tem livro que é difícil mesmo. O da Austrália é um deles!

  4. Carla Portilho

    ***SPOILERS***
    Meninas, eu terminei de ler The Sand Fish há 2 dias e fiquei pensando no que escrever… Eu queria identificar com mais precisão o que tinha gostado e o que não tinha gostado no livro – e a tarefa não foi fácil…

    Como comentei com a Camila aqui nesse post mesmo, o que eu mais gostei no romance foi a descrição dos lugares, hábitos, costumes, roupas. Achei que a autora conseguiu fazer uma representação bastante vívida do que seria a vida na região naquela época.

    Conforme a leitura foi fluindo, eu imaginei que seria um tipo de “romance de formação” – aqueles romances em que o leitor acompanha o protagonista desde a infância até a vida adulta, e vê o seu processo de amadurecimento acontecer. Bom, de certo modo não deixa de ser, né? A Noora é “forçada” a amadurecer quando se vê transportada para a sua nova vida…

    Mas o que acabou me incomodando, e provavelmente eu digo isso porque estou filtrando a leitura com a minha visão de mundo ocidental, é que em nenhum momento a autora embute alguma crítica ao modo como aquela sociedade tratava (trata?) as suas mulheres… Ela apenas expõe – mas não critica!

    A Noora, que no início até poderia nos dar a expectativa de ver uma protagonista rebelde, apenas se deixa levar inocentemente, vira um joguete nas mãos da Lateefa… Por fim, quando parece amadurecer, se enquadra direitinho no que seria esperado dela – ou seja, aprende a ser tão manipuladora quanto Lateefa, e a tirar o máximo proveito da sua situação na casa. Ela não se rebela, não busca mudar a situação – ela apenas aceita e aprende a dançar conforme a música … A partir do momento em que Jassem expôe os planos de segurança e educação para o bebê, ela se entrega ao sistema – dá pra imaginar que a rivalidade entre ela e Lateefa provavelmente cresceria, agora com Shamsa fora da jogada, numa disputa pelo posto de “esposa mais importante da casa”… Então, acho que foi essa atmosfera de “conformismo” que me desagradou. (E admito que deve haver muito de realismo nessa escolha! Não duvido que muitas esposas tenham buscado “modos alternativos” de dar um bebê a seus maridos estéreis…)

    Mas, no geral, eu acho que o romance foi uma boa escolha para mostrar algo da cultura local, naquele momento pré-transformação do Oriente Médio no que é hoje em dia, graças ao petróleo. Acabei ficando com vontade de ler alguma coisa que mostre a sociedade atual – pena que os romances que encontramos não foram muito “apetitosos”…

    • Carla, uma coisa eu eu achei interessante foi a diferença dos costumes no lugar isolado em que a Noora vivia e na cidade. Como ela foi criada mais “solta”, ela cresceu sem tantas formalidades que a vida urbana impunha às mulheres. Talvez a rebeldia dela era fruto dessa liberdade, mas quando submetida à sociedade tradicional, ela de certa forma sucumbiu.

      O fato de Noora se entregar ao sistema para mim deu mais veracidade à história. Numa versão romântica, o amor dela por Hamad seria maior e eles fugiriam e seriam felizes para sempre em algum lugar do mundo, mas a realidade costuma ser outra, né? A escolha dela de dar uma vida estável ao filho me pareceu bem real.

      Sabe que uma das críticas que eu li de um emiradense (é isso?) ao livro é justamente dizendo que a atitude dela não foi condizente com a época e que nenhuma mulher nos anos 50 faria o que ela fez? Se a autora retratasse uma heroína que luta contra o sistema, talvez a história ficasse muito inverossímil.

      Também fiquei com vontade de ler um livro que retrate a situação atual. Será que a modernidade está estampada apenas nos prédios modernos ou a sociedade também se modernizou?

    • Wanessa Lima

      Carla, os momentos mais interessantes do livro pra mim também foram costumes locais e por isso já acho que valeu a pena a leitura.

      Não esperava uma protagonista dona de sua vida, independente, porque, se, na década de 1950, mesmo no ocidente, esse ainda não era o destino da maioria das mulheres, imagina em um país árabe… Como a Camila disse, achei verossímil o destino de Noora, e a autora até nos deu uma explicação a mais para isso além da simples “tradição”, ao incluir a passagem de Rashid, para que a gente veja que Noora já se decepcionou uma vez e por isso não vai confiar nos homens de novo.

      Também acredito que muitas mulheres devem ter recorrido a artifícios semelhantes ao de Noora (aliás, de Lateefa) para ter filhos, ainda mais numa época em que não havia exame de DNA. Ficava me lembrando da referência que a Camila repetiu agora – que tinha lido uma resenha dizendo que uma mulher árabe jamais faria o que Noora fez -, mas eu acho que essa leitora é tão inocente quanto a própria Noora!

      Considerando essa opinião de uma leitora de hoje, dá para entender o porquê de a autora não ter feito nenhuma crítica ao conformismo de Noora. Como você disse, Carla, acho que seria demais para ela.

      Depois de pensar mais a respeito, vejo que o que me incomodou no livro não foi a previsibilidade em si da história, mas a impressão de que a narradora era tão “inocente” quanto a própria Noora e por isso não conseguiu fazer sua narrativa ser mais interessante. Mesmo uma história banal pode se tornar interessante, mas eu não saberia dizer o que faz essa “mágica”…

      • Carla Portilho

        Wanessa, acho que você explicou o que eu quis dizer ainda melhor do que eu mesma!

        Sim, acho que a grande falha do romance foi que a autora parecia tão “inocente” quanto a personagem que criou… Não somos ingênuas, e não esperamos atitudes ocidentais contemporâneas em uma personagem árabe dos anos 50 – mas esperamos, sim, que a autora tenha uma visão crítica dessa sociedade que representou. Não sei também como isso poderia ser feito (ou eu seria escritora, e não crítica, né?), mas o fato é que ela não atingiu o objetivo…

        Também achei muito curioso o comentário dessa leitora. Além de ingênua, ela pode também ter se sentido ofendida ao ler sobre a atitude da personagem – o que não quer dizer que “nenhuma” mulher faria o que Noora fez… ;-)

        • Carla Portilho

          Ah, só pra reforçar um ponto: eu não esperava que Noora fugisse com Hamad e fossem felizes para sempre, não!!! Longe disso… Mas talvez eu esperasse que ela sustentasse por mais tempo a sua própria personalidade, os valores que tinha trazido das suas origens, ao invés de se deixar manipular tão facilmente pela Lateefa – e, pior, se tornar um “projeto de Lateefa”, tão manipuladora quanto a original…

          Acho também que a autora deixou uma falha séria de verossimilhança ao fazer a Noora se decepcionar com Rashid e, logo depois, já casada, engravidar de outro homem… Se a função de Rashid era levar o leitor a compreender que ela não confiava mais nos homens, por que ela confiou em Hamad? Isso, sim, me pareceu muito inverossímil – que mulher árabe não teria medo de ser punida por adultério e embarcaria em um affair dessa forma tão desprendida?!? Achei difícil engolir…

          Eu poderia até ver essa atitude como a crítica que eu buscava à sociedade, se a ideia tivesse sido da própria Noora, e não da Lateefa – ou seja, se Noora estivesse buscando viver sua própria sexualidade com Hamad, sabendo que isso poderia ser passível de punição, mas ainda assim consciente e disposta a pagar o preço (mesmo fazendo de tudo para nunca ser descoberta, claro…)

          • Oi gente, estava lendo o debate e concordo com vocês sobre a parte dos costumes, cultura, arquitetura, as mudanças nos costumes em função da economia, todas essas informações de uma região que pelo menos para mim, era conhecimento zero, foi o que tornou o livro interessante. O que me desagradou no entanto, foi a própria personalidade de Noora. A rebeldia que a autora tentou mostrar, soou para mim quase como um capricho. Ela se revoltava com a condição da mulher, porque não podia dar as regras do jogo. Não consegui ver idealismo em nenhuma de suas atitudes, com exceção da cena final, quando enfrentou todas as adversidades do parto lutando para salvar o filho, e ficar com Jassen para garantir o futuro dele. Pelo menos ali mostrou atitude. Também não acho que era tão “inocente” Vejam só, em pouco tempo, numa sociedade como aquela, nos anos 50, ela que foi criada nas montanhas isolada, ficou com Rashid, paquerou com Hamad na viagem de barco, viveu feliz no início do casamento com Jassen, quando era sua preferida, e depois que foi preterida, teve um caso com Hamad. E, para mim, não pareceu hora nenhuma que ela estava pensando em fugir com Hamad, e o pobre fazendo o possível e o impossível para ficar com ela. De uma certa maneira parecia que ela sabia o efeito que os olhos verdes exerciam sobre os homens. Já estava me irritando com ela, mas quando se assumiu como mãe, acho que finalmente ela amadureceu!

            • Também acho que ela só amadureceu quando o filho nasceu. Antes disso as atitudes dela me pareceram muito levianas. Ela não parece ter se apaixonado por Hamad e também não parece ter aprendido nada com o que aconteceu com o Rashid. A verdade é que Noora não é uma personagem apaixonante e nem mesmo consistente. Acho que no fundo é esse o motivo pelo qual não nos apaixonamos pelo livro.

  5. Fábio Pastorello

    Começando a acompanhar o seu projeto por Camila. Parabéns pela iniciativa. Imagino a dificuldade para encontrar os títulos, e ainda mais que sejam de qualidade e representativos do país, mas toda leitura vale a pena, se a alma não é pequena. Abração!

    • Obrigada, Fábio! E seja bem-vindo! Alguns países serão mais difíceis do que outro. No momento estou em busca de um livro de Palau, por exemplo, e parece não existir nenhum! Mas essa pesquisa também é divertida e faz parte da brincadeira.

  6. Beatriz Fernandes Barros

    Olá Camila
    Acho muito legal esse critério para a escolha de um país! Também procuro ler sobre o lugar que pretendo visitar, como cultura, costumes e gostos populares.. Quando chego em um país, gosto de me deixar perder, e me levar pelas surpresas inusitadas e sem roteiro. Mas depois que eu retorno, minha ânsia por uma leitura mais profunda daquele lugar aumenta consideravelmente, quero saber TUDO!!!
    A cultura árabe me fascina e também me dá certo receio, com tanta coisa que vem acontecendo no mundo árabe ultimamente. Mas quando baixar a poeria, quero lá conhecer!

    Beijinhos

    Bia
    http://www.biaviagemambiental.blogspot.com

    • Bia, o mesmo acontece comigo! Eu sempre leio sobre o país antes, mas quando volto estou ainda mais curiosa para entender mais aquela cultura! Esse projeto está me deixando com ainda mais vontade de conhecer os países árabes. Assumo que conheço muito pouco dessa cultura e os livros vão me ajudar a entender melhor o que acontece por lá, mas realmente o momento é meio delicado em alguns deles.

      Beijos!

  7. Lu Malheiros

    Camila,
    Bom ver como o projeto está caminhando!
    Bjs

  8. Marina Vidigal

    Camila adorei a sua resenha e vou agora mesmo escrever a minha.
    Confesso que assim como a Wanessa tbm demorei um pouco mais do que eu gostaria para ler o livro, mas não achei ruim não e gostei muito do final.
    Tunisia lá vou eu!

  9. Adorei sua resenha, e o livro parece bem interessante, entrou para minha lista!

  10. Carla Portilho

    Essas dificuldades certamente ainda vão aparecer várias vezes no nosso caminho, mas acho que, com o tempo, vamos ficar mais sagazes na hora de pesquisar e escolher… Em algumas ocasiões, de todo modo, não vai ter jeito: vamos ter que ler o que for possível conseguir, mesmo que não seja a nossa melhor opção!

    E eu estou aqui comentando só porque sou enxerida, porque hoje ainda estou começando o Nem Santos Nem Anjos, e The Sand Fish ainda vai ter que esperar um pouco…

    • Carla, por falar nessas dificuldades, já me enviaram o livro de Omã! Vamos ver se não aparece outra opção até ele chegar. Descobri vários autores que me interessaram, mas nada de traduções! Humpf!

  11. Wanessa Lima

    Camila, dessa vez, vim correndo ler o seu post, pra ver se me animo mais a prosseguir (a leitura empacou e, se nao fosse o projeto, eu já tinha desistido…)
    E nao é que o seu post me deixou mais curiosa?! Ainda estou no capitulo do casamento, aquela monotonia da vida “selvagem”, mas, agora que você plantou a duvida sobre o final, vou correr pra descobrir!
    A sua resenha está ótima, soube valorizar muito bem os pontos positivos de um livro que, sabemos, não vai mesmo estar entre os melhores da VAM.

    • Wanessa, eu tenho essa “mania” de tentar ver o lado bom de qualquer coisa, mas não achei o livro ruim mesmo não. Não fiquei apaixonada pela história, mas depois do livro de Ruanda a competição seria até injusta.

      • Wanessa Lima

        Totalmente ruim, não é, mas, até onde li, é extremamente previsível… Olhando os destaques que fiz até agora, todos foram justamente nas partes que tratam dos costumes locais. A história mesmo não prende muito a atenção.
        Vou andar com o de Omã, pra não precisar trocar a ordem!

        • Carla Portilho

          Meninas, eu ainda não estou nem na metade do livro, mas já concordo com essa previsibilidade… Não sei, me parece que o público-alvo é um leitor mais ingênuo, talvez… De todo modo, as partes que falam dos costumes locais são mesmo interessantes – para mim, são o ponto alto do romance até agora!

          • Acho que por isso que eu não achei o livro ruim. O pano de fundo foi suficiente para prender minha atenção.

            • Carla Portilho

              É o que está acontecendo comigo, Camila! Achei que ia demorar muito mais nesse livro do que nos outros, em que mantive a média de 2 semanas, mas até que a leitura está fluindo bem… Estou achando fascinante toda aquela descrição dos costumes – e das roupas, especialmente! Fui até ao Google Images para ver exatamente o que era cada peça de roupa que ela descreve… O enredo é meio fraquinho mesmo, mas acho que foi uma boa escolha de leitura para o objetivo do projeto – tenho a sensação de que estou aprendendo bastante sobre a cultura!

              • Carla, então você irá adorar o livro do Butão! Precisei recorrer ainda mais vezes às imagens enquanto lia The Circle of Karma! E a história não é nem um pouco previsível.

  12. Luciana Betenson

    Adorando a sua série de livros do mundo :-)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.