De volta ao Grande Hotel de Araxá

Há pouco mais de 3 anos o Eduardo e eu nos hospedamos pela primeira vez no Grande Hotel de Araxá. Se você leu o post que escrevi na época, viu que eu voltei encantada, principalmente com o atendimento. Até hoje não encontrei um à altura em qualquer outro hotel do Brasil! Tivemos pouco tempo para aproveitar a hospedagem e ficamos com vontade de voltar com mais calma. E no mês passado chegou nossa chance! O Grupo Tauá, que desde 2010 gerencia o Grande Hotel, nos ofereceu duas diárias de cortesia. Para completar, o convite era válido inclusive para o fim de semana do nosso aniversário de 3 anos de casamento. Não tivemos dúvida de onde seria a comemoração!

O prédio do Grande Hotel é tombado, o que significa que não pode sofrer muitas modificações. Os quartos conservam o estilo original, mas com algumas modernidades, como camas box e TV de tela plana. O que eu não suporto é banheiro velho e nesse ponto não tenho como reclamar do Tauá Araxá. E o bom da construção antiga é que os cômodos são super espaçosos, bem diferentes da maioria dos prédios modernos.

Dessa vez queríamos aproveitar tudo o que o hotel oferecia e fomos para Araxá na sexta-feira à tarde. Após o jantar, nos juntamos à visita guiada pela suíte presidencial do hotel. Esse momento acabou sendo também uma apresentação da história do hotel, que foi inaugurado em 1944 para abrigar um cassino que durou pouco tempo, pois logo veio a proibição do jogo no Brasil. Foi o que aconteceu também com Palácio Quitandinha de Petrópolis. Ainda pior é a história do Cassino de Lambari, que funcionou apenas por uma noite! Os cassinos brasileiros não tiveram muita sorte… Depois aproveitamos a noite fresquinha para dar uma volta pela área externa do hotel, que fica lindo quando iluminado.

De volta ao prédio, queríamos rever os salões pelos quais já tínhamos babado na visita anterior. Na época eu não sabia nada sobre Luiz Signorelli, um dos arquitetos mais famosos em Minas Gerais no início do século passado, responsável pelo projeto de alguns prédios que hoje integram o Circuito Cultural Praça da Liberdade. E foi ele quem também projetou o Grande Hotel de Araxá! Dessa vez eu pude reconhecer alguns de seus traços arquitetônicos.

Conforme a noite avança no Tauá Araxá, cada um vai encontrando seu cantinho. Enquanto alguns dançavam no baile (que mais tarde se transformaria em boate), nós preferimos o ambiente mais tranquilo do piano-bar. Na noite seguinte os hóspedes lotaram o teatro para assistir a um show de humor.

Na manhã de sábado, após um farto café da manhã, pegamos as bicicletas que ficam à disposição dos hóspedes para dar uma volta pelo complexo. Não seria difícil fazer o passeio a pé, mas de bicicleta seria mais divertido, né? A estradinha estava linda toda recoberta de flores. E olha que nem estávamos na primavera!

A pausa para hidratação foi na Fonte Dona Beja, de onde jorra água mineral radioativa. A fonte é ponto de encontro dos ciclistas que se exercitam na região e também de qualquer turista que passa por Araxá. De cima dela a vista que se tem do lago e do hotel é linda! Qualquer pessoa, hóspede ou não, tem acesso às fontes e à maior parte do complexo em que se situa o hotel. E há visitação ao prédio também.

Outro ponto bom para se apreciar a paisagem é a Ilha dos Amores, de onde se tem uma visão panorâmica do Grande Hotel e das Termas.

Dessa vez não tivemos muita sorte com o tempo na hora das fotos. O céu nublado não ajudou muito. Comparem com esta foto que tiramos na viagem passada. Outra coisa, não é?

Depois do passeio, fomos para as Termas, porque não dá para passar por Araxá sem querer fazer uma massagem! A utilização das saunas e duchas está incluída na diária, mas os demais serviços são pagos a parte. O prédio que abriga as termas é uma atração por si só. A beleza começa no corredor de acesso, mas a gente fica boquiaberto é quando chega ao salão principal e olha para cima e para baixo!

O Tauá Araxá oferece pensão completa que inclui café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar. No almoço e no jantar não há muitas opções para vegetarianos, mas, em compensação, a mesa de sobremesas é um arraso, cheia de bolos, tortas, pudins e, é claro, de doces típicos mineiros. E no café da manhã e no chá da tarde os bolos e pães de queijo são um atentado a qualquer regime!

Quem não quer ficar parado tem diversas opções de lazer: caiaque, quadras de esportes, sala de jogos, hidroginástica, arco e flecha, caminhada, cinema… E as crianças se divertem o dia todo com os monitores que preparam uma programação especial para elas. E há ainda quem faça questão de dar uma passadinha na Fonte Andrade Júnior. Eu prefiro passar longe! Água sulfurosa não agrada meu paladar.

Uma coisa chata no Tauá Araxá é que o wi-fi não é gratuito no hotel todo, mas apenas no hall de entrada. Acho que há 3 anos isso não me incomodava tanto, pois eu nem me lembrava desse detalhe. O engraçado é a gente ver que hotéis maiores e mais caros ainda cobram pela internet, enquanto a maioria das pousadas já aboliram essa prática…

Quanto ao atendimento, ficamos satisfeitos como na primeira vez. Acho que a hospitalidade é o principal diferencial do Grande Hotel de Araxá e o que faz os hóspedes quererem sempre retornar. Além dos doces na hora da sobremesa, é claro! :-)

Para mais informações, visite o site do Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá.