Era nosso primeiro dia em Lisboa. Bom, na verdade era o segundo, pois havíamos chegado na tarde anterior, mas os momentos iniciais não passaram de mero reconhecimento de território. Naquele dia é que as férias começariam de verdade. Saímos cedo para tomar o pequeno almoço em uma pastelaria e experimentar os famosos doces de Portugal. Enquanto nos deliciávamos com bolos de arroz e pastéis de nata, a chuva começou a cair. Comemos sem pressa e quando saímos ela já estava mais branda. Com chuva ou não, não iríamos ficar parados! Abrimos o guarda-chuva e seguimos em frente!
Nosso próximo destino era o Largo Martim Moniz, mas no caminho nos perdemos pela primeira vez nas ruas de Lisboa. O desvio forçado nos mostrou cantinhos pitorescos, daqueles que parecem fazer parte da vida comum e que não se preocupam com os olhares dos turistas, sabe? Eles podem até não ter a beleza perfeita dos pontos turísticos convencionais, mas são os que nos mostram que não estamos numa cidade cenográfica. Foi nessa hora que Lisboa começou a me conquistar. Para completar, a chuva foi dando lugar ao sol, deixando nosso passeio ainda mais bonito.
Bastou pedir ajuda às pessoas que passavam pela rua para voltarmos ao trajeto correto. Ah, como é gostoso estar na Europa falando português! Chegamos então aonde queríamos: ao ponto do Eléctrico 28 no Largo Martim Moniz. Lá dentro conosco, quase que só turistas, todos deslumbrados acompanhando os trilhos do lendário bonde.
Descemos no Largo da Graça e fomos andando até a Igreja da Graça, de onde se tem uma vista linda da cidade. Isso não é novidade, pois o que não falta em Lisboa é lugar bom pra gente namorar a paisagem.
Nosso próximo destino era o Castelo de São Jorge, mas quem disse que conseguíamos chegar lá? As ruas da Alfama são um verdadeiro labirinto! Dessa vez nos perdemos pra valer! Às vezes avistávamos as muralhas do castelo, mas logo enveredávamos pelas ruelas subindo e descendo morros e já não sabíamos mais onde estávamos! Mas, quando não se tem hora marcada, que problema há?
Tenho certeza de que demos a maior volta, mas conseguimos chegar ao Castelo de São Jorge! Pagamos € 7,50 cada um para ter acesso ao que sobrou da antiga fortaleza medieval que serviu como defesa de Lisboa durante séculos, mas adivinha qual foi a melhor parte dessa visita? A paisagem, claro!
Lá de cima a gente tem uma visão bem panorâmica de Lisboa e consegue até enxergar alguns pontos turísticos famosos. Dá para passar um bom tempo só brincando com o zoom da câmera fotográfica!
Quando enjoamos da vista (como se isso fosse possível!), demos a volta na muralha do castelo. Confesso que não estávamos muito interessados nos atrativos museológicos ou arqueológicos, mas, em compensação, fomos brindados com mais uma sequência de lindas imagens, com direito a uma surpresinha em cima de um muro.
Depois descemos até o Miradouro de Santa Luzia. Perto dos outros miradouros que conhecemos, esse deixou a desejar. Mais interessantes são os painéis de azulejos na Igreja de Santa Luzia e o jardim contíguo, o que torna o conjunto bacana. O Eléctrico 28 tem uma parada logo ao lado.
Descendo mais um pouco, chegamos a uma das principais atrações de Lisboa: a Catedral da Sé. E ficamos ali de prontidão esperando o momento certo de tirar a foto clássica do Eléctrico 28 com a catedral ao fundo. Mais clichê impossível!
Ladeira abaixo, rumamos para a Praça do Comércio. Queríamos ver o Rio Tejo de perto e lá estava ele! A construções da praça nós só vimos pela metade, pois a outra estava em reforma e coberta por tapumes.
Dali começamos a subir. Seguimos pela Rua Augusta até o Elevador de Santa Justa. Esse é o elevador mais famoso de Lisboa, por isso muitas vezes há filas enormes para entrar. Se der sorte de passar por lá num momento tranquilo, não titubeie e suba! Principalmente se você tiver em mãos algum cartão que dê direito à isenção da tarifa, como o 7Colinas ou o Lisboa Card, caso contrário terá que pagar € 5 pelo bilhete que é válido para duas viagens. Consulte informações atualizadas aqui.
Lá em cima você já sabe o que vai encontrar, né? Sei que já fiquei repetitiva, mas o melhor do Miradouro de Santa Justa é a vista! Não tenho culpa se Lisboa nos brinda com paisagens de tirar o fôlego a todo momento. Ela não é conhecida como a cidade das 7 colinas à toa, né? E esse miradouro tem duas características especiais: de lá a gente vê o Convento do Carmo de camarote e, no lado oposto, tem uma visão privilegiada do Castelo de São Jorge. Sem contar a Catedral da Sé, a Praça do Rossio…
Ufa! Parece uma maratona, né? Mas foi bem tranquilo, pois as distâncias entre um ponto e outro são curtas. Saímos do hotel após as 9h e antes das 15h já tínhamos finalizado esse circuito. Tínhamos um encontro marcado com o Lisbon Chill-Out Free Tour, o que fez com que aproveitássemos o dia inteiro! Foi um começo de viagem perfeito! E isso graças às dicas da Patricia, que tem um post muito legal com roteiros para Lisboa. Nosso primeiro dia de passeios foi baseado em um dos roteiros que ela publicou. Obrigada, Patricia, por inspirar minha viagem mais uma vez! :-)
Para ler tudo o que já foi publicado sobre Portugal no Viaggiando, clique aqui.
A gente reconhece o valor do Miradouro de Santa Luzia na primavera, Camila! A vista do Tejo emoldurada por flores e aquele ventinho batendo no calor tornam esse lugar mais um daqueles difíceis d deixar!
Não é que eu não tenha gostado do Miradouro de Santa Luzia, mas é que tínhamos visto tantos miradouros lindos que ele acabou em desvantagem. A briga pelas melhores vistas de Lisboa é acirrada, né?
Hahahaha Verdade, Camila! Acirradíssima!
Volto a Portugal a cada novo post… Ô saudade danada! ;-)
E esses meus posts não acabam nunca… rsrs
As fotos já estão de tirar o fôlego, presencialmente deve ser bárbaro!
E é mesmo! Um miradouro com vista mais linda que a outra!
Que delícia de roteiro… Fiquei com vontade de largar tudo e sair correndo para conhecer Lisboa, rs! Beijos
Eu gostei tanto de Portugal que digo para todo mundo ir! Quem sabe nas próximas férias? ;-)
Camila, agradeço o carinho com o Turo. Delícia de post e roteiro :)
O Turo é sempre referência para mim, Pati!