City Tour em Cuzco

A melhor forma de se conhecer os sítios arqueológicos nos arredores de Cuzco é através do City Tour. É possível contratar o passeio em qualquer agência de viagens ou mesmo nos hotéis ou albergues. Os preços são mais ou menos iguais, então vale a pena pegar a dica com alguém sobre alguma empresa ou guia. Nós fomos com a Inca World Perú e pagamos 20 soles por pessoa (valores em maio de 2008). Pra ser sincera, não ficamos muito satisfeitos com o serviço deles.

Apesar do nome, a maioria das atrações visitadas no City Tour estão localizadas fora da cidade, nas proximidades de Cuzco. São quatro os sítios arqueológicos visitados: Saqsaywaman, Qenqo, Pukapukara e Tambomachay. Além disso, costumam estar incluídas também as visitas ao Qorikancha e à Catedral. É muita coisa para ser vista em pouco tempo e quem faz o passeio à tarde ainda conta com a falta de luz natural no fim do dia. Por isso, se possível, faça o City Tour na parte da manhã! E se certifique de que o enfoque do seu guia será nos sítios arqueológicos e não dentro da cidade.

O ônibus nos buscou às 14h no hotel e alguns minutos depois estávamos no Qorikancha, o maior templo construído pelos incas em Cuzco, dedicado ao Sol, e uma das atrações mais interessantes da cidade. O antigo templo religioso foi parcialmente destruído pelos espanhóis, que transformaram o local no Convento de Santo Domingo. A entrada para o Qorikancha não está incluída no Boleto Turístico e custa 10 soles.

A “parte espanhola” da construção já mereceria uma visita. O convento foi construído sobre o templo inca no século XVI e bastante abalado pelos terremotos de 1650 e 1950.

Mas, sem dúvida, a grande atração são os templos incas. As pedras perfeitamente encaixadas, as paredes inclinadas, a simetria das janelas são incomparáveis. E tudo à prova de terremotos! Dizem que essas paredes eram recobertas de lâminas de ouro no tempo dos incas e que nos vãos das paredes eram colocadas estátuas representando as divindades, também em ouro puro. É claro que tudo foi derretido pelos conquistadores…

Dali partimos para a visita à Catedral. Como já havíamos visitado a igreja pela manhã durante as cerimônias religiosas (de graça), preferimos não pagar os 25 soles de entrada e ficamos esperando nosso grupo do lado de fora. Achei desnecessário incluir a Catedral no City Tour em Cuzco. Com tanta coisa para vermos, gastar cerca de uma hora ali foi bastante perda de tempo. A Catedral pode ser visitada facilmente, a qualquer hora, por qualquer um que passe pela Plaza de Armas. Seria melhor pelo menos deixar a Catedral para o fim do passeio, já que nos sítios arqueológicos a luz natural é imprescindível. Acho que esse foi um dos pontos negativos do passeio que contratamos. Por causa disso chegamos em alguns sítios quando já não conseguíamos enxergar mais nada.

Para visitar os sítios arqueológicos é necessário possuir o Boleto Turístico, pois em alguns deles pode não ser possível comprar a entrada na hora. Não sei o porquê, mas em nenhum deles tivemos que mostrar os nossos boletos. De qualquer forma, é mais seguro levá-lo.

A primeira parada foi em Saqsaywaman. Provavelmente esse era mais um complexo religioso inca, apesar de haver quem defenda que se tratava de uma fortaleza. Infelizmente, hoje restam apenas fragmentos desse monumento, grande das parte das pedras foram retiradas e aproveitadas na construção de casas e igrejas em Cuzco.

É difícil mostrar a magnitude do lugar em fotos. As pedras que formam as paredes das ruínas são enormes e pesam toneladas. Ainda hoje Saqsaywaman é um centro religioso para os peruanos. Todo ano, no dia 24 de junho, é lá que é celebrado o Inti Raymi, ou a Festa do Sol, marcando o solstício de inverno.

O segundo sítio arqueológico que visitamos foi Qenqo, que é, na verdade, um labirinto esculpido nas pedras. Acredita-se que em Qenqo eram realizados sacrifícios de lhamas. Infelizmente, as fotos da possível mesa de sacrifícios, no meio das pedras, ficaram muito escuras.

No caminho para Tambomachay, avistamos Pukapukara, que significa Forte Vermelho. Como nosso guia calculou mal o horário, nem pudemos descer, só avistamos da janela do ônibus.

Por último, chegamos a Tambomachay, ou El Baño del Inca, local destinado pelos incas ao culto da água. Nem sei como conseguimos tirar essas fotos, nós mesmos não enxergamos nada disso pessoalmente, pois quando chegamos lá já havia escurecido. Sem contar que fazia muito frio. Ainda bem que a máquina deu conta do recado!

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