Viagem a Cuba: dicas práticas

Viagem a CubaPlanejar uma viagem a Cuba hoje é mais fácil do que parece. A gente não consegue resolver tudo facilmente com alguns cliques na internet como faz na maioria dos destinos, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças. Eu tive muitas dúvidas, encontrei muitas informações vagas por aí, mas quando cheguei lá vi que era tudo mais fácil do que eu imaginava. Minha intenção aqui é te tranquilizar e te ajudar a planejar sua viagem, mas saiba que as coisas em Cuba estão mudando, então pode ser que minhas informações fiquem desatualizadas em breve. Tudo o que vou dizer se refere à minha viagem realizada em novembro de 2015, mas não se assuste se durante sua viagem você perceber que as coisas estão ainda mais fáceis para o turista.

COMO CHEGAR

Hoje nós não temos voos direto a Cuba. Numa busca rápida vi que no momento temos voos da Taca (conexão em Lima), Avianca (conexão em Bogotá), TAM/LAN (conexão em Lima) e Copa Airlines (conexão no Panamá). A Gol e a Azul já anunciaram que começarão a voar para Havana, mas até agora isso não aconteceu.

Para quem sai de Belo Horizonte a melhor opção hoje é a Copa, pois temos voo direto daqui para o Panamá (vamos torcer para que a crise não cause o cancelamento dessa rota!). Eu pesquisava passagens para Cuba há um tempão, mas não tinha coragem de pagar o mesmo preço de uma passagem para a Europa. Acabamos comprando em uma promoção da Copa em que a passagem saiu pela metade do preço normal. Se você também planeja ir para lá e acha a passagem cara, vá monitorando os preços para poder identificar uma boa oportunidade. É o que costumo fazer nas minhas férias e na maioria das vezes dá certo!

Atenção: não existe mais a “taxa de saída” de Cuba! Na verdade, os 25 CUC que tinham que ser pagos após o check-in eram a taxa de embarque do aeroporto, que não era incluída na passagem. A taxa de embarque já está incluída no valor das passagens compradas a partir de 01/03/15. Não precisa mais se preocupar em guardar pesos cubanos para o final da viagem!

ROTEIRO DE VIAGEM A CUBA

Essa é sempre a parte mais difícil e depende dos seus interesses e do seu tempo disponível para a viagem. Quando comecei a pensar em ir pra Cuba, especialmente depois de ler o livro de lá para o #198livros, eu imaginava que precisaria de pelo menos umas 3 semanas para conhecer tudo que eu queria na ilha. A viagem acabou saindo bem diferente. Apareceu a promoção da passagem quando já não tínhamos mais dias de férias disponíveis, então o jeito foi emendar um feriado com folgas eleitorais (amos ser mesária!). Tivemos apenas 7 dias inteiros para Cuba. Bem menos do que eu queria, mas melhor do que nada, claro!

Com uma semana, acho que o ideal é dividir a viagem entre apenas dois destinos. A combinação Havana + praias é a mais tradicional. O Ricardo Freire nos alerta há muito tempo que os cayos são muito melhores que Varadero e até as agências de viagem já incluíram Cayo Largo, Cayo Santa Maria e Cayo Guillermo nos pacotes. Se você quer conhecer um pouco da história e também relaxar em uma praia, acho que Havana e um cayo deve ser a melhor opção.

Playa Ancón, em Trinidad

Nosso principal interesse em Cuba não eram as praias, mas a história e a cultura do país, por isso preferimos combinar Havana com Trinidad, já sabendo que teríamos um gostinho de Caribe na Playa Ancón, a poucos quilômetros de Trinidad. Durante a viagem resolvemos conhecer também Cienfuegos e acabamos diminuindo uma dia em Havana. No fim das contas nosso roteiro ficou assim: 3 dias em Havana, 3 dias em Trinidad e 1 dia em Cienfuegos.

Foi pouco, mas tivemos a experiência que buscávamos em Cuba. Com mais tempo eu incluiria Santa Clara, Remedios, Camaguey, Santiago de Cuba, Viñales, Matanzas… E uma praia paradisíaca, claro! Estão vendo porque eu queria no mínimo umas 3 semanas em Cuba? ;-)

VISTO PARA CUBA

Na verdade a gente não precisa de visto para entrar em Cuba, mas de um simples formulário que a gente preenche à mão chamado tarjeta del turista. Comprá-lo é muito simples, pelo menos com a Copa Airlines. Os procedimentos que descreverei aqui são voando com a Copa. Não sei se é a mesma coisa com outras companhias, então, se você souber, me conta aqui nos comentários, por favor!

Embarcamos para o Panamá no aeroporto de Confins. Eu já tinha visto relatos de pessoas que compraram a tarjeta del turista no aeroporto de Guarulhos, mas achei que ela não seria vendida aqui. Me enganei! Era possível comprá-la no balcão de check-in por R$ 70,00 e uns trocados (preço em novembro de 2015). Não tínhamos reais suficientes e o novo terminal internacional de Confins não tem caixa eletrônico, então deixamos para comprar a tarjeta na conexão no Panamá, como tínhamos planejado.

Tarjeta del turista - Viagem a Cuba

Mesmo que sua conexão no Panamá seja curta, não precisa ter medo! A tarjeta del turista é vendida no portão de embarque. Custa US$ 20 e tem que ser paga em dólares mesmo. Não costumam ter troco, então tente levar o dinheiro trocado. Nós só tínhamos notas de 50, mas trocamos facilmente numa loja logo em frente ao portão.

A tarjeta del turista é válida por 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias. Uma via é retida na chegada e a outra na saída de Cuba, então guarde o papelzinho durante toda sua estadia. É possível obtê-la também nas embaixadas e consulados cubanos, mas com certeza é um processo bem mais complicado.

Ah! Desde meados de 2014, todos os passaportes ganham o carimbo de Cuba.

Carimbo de Cuba

DINHEIRO

Essa é a parte mais chata.  A gente fica confuso com a existência de duas moedas: o peso cubano (CUP) e o peso conversível (CUC). Na prática não há muita confusão, pois todo serviço para o turista será cotado em CUC. Vi pouquíssimos preços em CUP e só mesmo em lugares em que não havia nenhum turista, como pequenas lanchonetes. Até nos supermercados os preços eram exibidos em CUC. O projeto de unificação das moedas se arrasta há uns anos, mas quando isso acontecer a vida do turista (e acredito que dos cubanos também) ficará mais fácil.

O CUC equivale ao dólar, ou seja 1 CUC = US$ 1. Apesar da cotação atrelada, o dólar não é a melhor opção de moeda em Cuba, pois na hora da troca incide sobre ele uma taxa extra de 10%. A gente imagina que com a reaproximação dos Estados Unidos essa taxa deixe de existir, mas por enquanto isso não aconteceu. Pelo menos não até o início de novembro de 2015, que foi quando estive lá. O melhor é levar euros para trocar por CUC lá.

Fique atento ao receber troco, pois o CUP vale 25 menos que o CUC e uma simples troca de moeda pode significar um prejuízo grande. Não aconteceu conosco, mas ouvi falar desse tipo de golpe.

O câmbio é feito nas cadecas, as casas de câmbio oficiais em Cuba. Não se preocupe em pesquisar, todas têm a mesma cotação. É preciso apresentar o passaporte na hora da troca de moeda. Uma vez eu estava sem o passaporte quando passamos por uma cadeca e consegui trocar o dinheiro só fornecendo o número dele, que eu sabia de cor, mas acho que isso depende muito de quem te atender. É melhor não arriscar e carregar pelo menos a cópia do passaporte, por precaução.

No aeroporto há uma cadeca após o desembarque, já na parte de fora. Na hora de ir embora é possível trocar os pesos cubanos que sobraram na carteira já dentro da área de embarque. Essa cadeca dentro da área de embarque foi a mais estranha que vi, nem comprovante a moça me deu e também não pediu nenhum documento. Ela simplesmente me entregou em dólares o valor que eu entreguei em CUC. E nessa hora só era possível trocar o CUC por dólar, nada de euro.

Vi muitos caixas eletrônicos em Cuba, mas não cheguei a usar nenhum. Vi notícias de brasileiros que disseram que conseguiram sacar com cartão do Banco do Brasil e soube que até mesmo os cartões americanos já são aceitos por lá. Se você sacou dinheiro em Cuba, nos conte aí nos comentários!

Só reforçando: não é mais preciso pagar a taxa de embarque/saída de 25 CUC se você comprou sua passagem a partir de 01/03/15, pois ela estará incluída no valor da sua passagem.

INTERNET

Já se foi a época em que ficávamos incomunicáveis em Cuba. Aos poucos o wifi está ganhando espaço e, embora o acesso ainda seja muito caro para os cubanos, já é um pouco mais acessível para os turistas. Hoje há um serviço de wifi público que funcionam através de cartões em que constam um número de usuário e uma senha e são válidos por determinado período de tempo.

Na época em que fomos, só existia o cartão de uma hora e ele custava 2 CUC. Esse era o preço oficial que se pagava comprando nas lojas da Etecsa, a agência de telecomunicações cubanas. Quando ela estava fechada ou se a fila estivesse muito grande, sempre havia alguém vendendo o cartão (discretamente) na rua por 3 CUC. Os preços e as opções já mudaram e eu falo um pouco mais sobre isso daqui a pouquinho.

Cartão de wifi em Cuba

Ao contrário de tudo que já tinha lido, achei a internet em Cuba rápida. Não tive problema nenhum para utilizar. O mais chato era o fato de só existir a opção de acesso por uma hora. O cartão de wifi não é recarregável, então gera um lixo enorme. Só é possível utilizar o usuário em um aparelho por vez, mas, se você puder utilizar seu celular como roteador, consegue compartilhar a conexão por bluetooth com seus vizinhos. Foi o que o Eduardo e eu fizemos, assim comprávamos um só cartão para nós dois. Consegui usar todos os serviços e redes sociais comuns, exceto o Skype, que parece não funcionar em Cuba.

Os pontos de wi-fi estão elencados no site da Etecsa, mas não se preocupe, você irá reconhecê-los de cara assim que se deparar com um monte de gente com celulares e notebooks na mão. Não pense que os cubanos ainda não descobriram a internet! Eles estão se conectando, mas isso não quer dizer que você vai receber resposta de qualquer email rápido. Lembre que o acesso à internet ainda tem um valor muito elevado para a maioria dos cubanos.

Atualização em abril de 2018: hoje existem também cartões de 30 minutos (0,50 CUC), 1 hora (1 CUC) e 5 horas (5 CUC). Para informações atualizadas, consulte o site da Etecsa.

Internet em Cuba

CLIMA

Cuba está no Caribe e faz parte da rota de furacões, então essa costuma ser a maior preocupação dos turistas. O período com maior risco de furacões vai de agosto a outubro e esse é também o período mais quente e chuvoso, então, evite se puder! Se você só puder viajar nessa data, não se irrite se a chuva ou um furacão atrapalharem seus planos. É como o Ricardo Freire diz num excelente post sobre furacões no Caribe: “A chance de um furacão pegar você justo na sua ilha e na sua semana é extremamente remota. Se ocorrer, porém, não dá para reclamar.”

A temporada de chuvas vai de maio a outubro. A estação seca e de temperaturas mais amenas vai de novembro a abril, então essa é a melhor época para visitar o país. Eles chamam esse período de inverno, mas não se enganem, é sempre quente em Cuba! As temperaturas podem até não ser muito elevadas, mas é muito úmido, o que aumenta a sensação de calor. Esse período é também a alta temporada, então prepare-se para preços mais elevados e para uma menor oferta de hospedagem disponível, especialmente nos feriados e férias escolares.

Estivemos lá no início de novembro. Pegamos um pouco de chuva, mas apenas chuvas rápidas no fim da tarde que não chegavam a atrapalhar os passeios. Era até bom para refrescar! Achei Havana muito mais quente que Trinidad. Eu sou muito calorenta e para mim Havana beirava o insuportável. Sabe quando a gente passa o dia inteiro esperando anoitecer para refrescar? Pois é! Não quero nem imaginar como deve ser nos mais quentes! Em qualquer época, certifique-se de reservar um quarto com ar-condicionado.

SEGURANÇA

Quase todos os cubanos com quem conversamos exaltaram a segurança do país. Nos falavam que poderíamos andar pelas ruas a qualquer hora da noite sem nos preocupar porque nada iria nos acontecer. Cuba me pareceu um país seguro sim, com certeza muito mais seguro que o Brasil (e qual não é?), mas eu sou muito cismada e não consigo acreditar que não existe risco nenhum. Os crimes violentos podem ser raros, mas delitos menores nem tanto.

No meio da muvuca em Habana Vieja vi uns rapazes passando de uma mão a outra um relógio e um anel. Tem muita cara de roubo, né? Além disso, quase caímos no golpe do charuto ilegal quando ficamos um tempão conversando com uma garota super simpática e depois, noutra rua, apareceu um cara do nada perguntando se não nos lembrávamos dele, dizendo que era vizinho da dona da casa onde estávamos hospedados e tinha nos visto de manhã. Pois é, tínhamos sido ingênuos ao ponto de falar no nome da nossa casa particular para a garota… Eles queriam nos empurrar para uma suposta cooperativa de charutos, golpe já manjado em Havana (veja aqui). (Atualização: A Mariana Amaral explicou como funciona o golpe do charuto em detalhes lá no Viaje na Viagem – Golpe do charuto em Havana: cuidado para não cair nessa!)

Só contei esses casos para mostrar que riscos e golpes existem em qualquer lugar – na Ásia, na Europa ou no Caribe. Turistas são vítimas fáceis em qualquer lugar do mundo, o negócio é não vacilar. Não ande em lugares vazios à noite, fique atento aos seus pertences e desconfie de abordagens na rua. Mas não se feche a ponto de ver todos como potenciais golpistas. Os cubanos são simpáticos e adoram conversar com brasileiros. O caso que relatei acima foi exceção. Depois disso ainda tivemos ótimos papos com pessoas que conhecemos na rua.

Andamos por todo lado, de dia ou de noite, sem que nada de mal nos acontecesse. O bom é que havia gente na rua a qualquer hora, os cubanos ainda têm aquele costume de sentar na porta de casa para conversar e isso aumentava nossa sensação de segurança.

Cuba

Me perguntaram como é para mulheres viajando sozinha em Cuba. Bom, eu não sei dizer, pois fui com o Eduardo. Eu acho que é seguro, desde que você siga as precauções básicas. Vi propagandas sobre a violência contra a mulher, então esse deve ser um problema real no país. Reparei  também que o assédio às mulheres na rua é grande. Não acho que existam motivos para uma mulher sozinha deixar de viajar para lá, mas vá preparada para as cantadas na rua. Vivendo no Brasil a gente já está meio preparada, né?

SAÚDE

Não vá pensando que em Cuba a saúde é gratuita para todos e que seguro-saúde é dispensável. Desde 2010 todos os estrangeiros precisam apresentar seguro-saúde para entrar em Cuba (informações aqui). Não nos pediram para apresentar o comprovante, assim como nunca nos pediram em qualquer lugar, mas eu não faço nenhum viagem internacional sem seguro. Muito mais importante do que a exigência de entrada em um país é nossa segurança. A gente espera não precisar usar o seguro, mas se tivermos qualquer problema de saúde ou acidente, vamos nos arrepender se não tivermos contratado um.

Sobre a vacina contra febre amarela, vou ser sincera ao dizer que não procurei saber se ela é exigida em Cuba. Vou citar mais uma vez o Ricardo Freire: “tome o quanto antes a infeliz dessa vacina e desencane desse pormenor pelos próximos 10 anos de viagens.” Sério, gente, pra que ficar se estressando a cada viagem? Eu deixo o certificado da Anvisa junto com o passaporte e levo pra qualquer lugar. Nunca me pediram, mas não me preocupo com isso. Só tenho que lembrar de renová-la em 2018! Atualização: agora nem é preciso renovar a vacina, ela vale por toda a vida! Veja mais esse post do Ricardo Freire no Viaje na Viagem.

É recomendável tomar apenas água mineral de garrafa em Cuba, pois a água da torneira não é segura. Há casos de surtos de cólera no país nos últimos anos, então é melhor não arriscar. A água mineral lá vendida é da marca Ciego Montero. Os cubanos que têm condição financeira só consomem água mineral também, então imaginem a quantidade de lixo que é produzida apenas com essas garrafas! É triste! Encontramos garrafas de no máximo 2 litros e às vezes faltava água nos supermercados. Quando encontrar, compre o quanto puder carregar!

TRANSPORTE

Nós embarcamos sem saber ao certo como nos deslocaríamos entre as cidades. Eu tinha ouvido falar que compensava viajar nos táxis compartilhados, mas lá descobri que essa opção era muito mais cara do que o previsto. Resolvemos então viajar de ônibus. A Viazul é o transporte oficial dos turistas. No site é possível consultar as rotas e os horários e parece que dá até para fazer a reserva das passagens por lá, mas não testei. No geral, os ônibus são bons e têm ar-condicionado. Vou detalhar melhor os trechos em outro post, até porque esse aqui já está enorme, mas já aviso que é bom reservar as passagens com antecedência e chegar cedo à rodoviária. Os ônibus que pegamos estavam sempre lotados (só de turistas) e lá não tem esse negócio de lugar marcado.

Ônibus da Viazul em Cuba

Alugar um carro em Cuba me parece uma boa opção. Vi muitos escritórios da Cubacar e parece que o site da Transtur compara o preço de diferentes locadoras. Os carros alugados que vimos por lá eram novos. Só viajamos até Trinidad, mas as estradas que conhecemos eram boas e vazias. Vimos muitos turistas com carros alugados e pensamos em fazer o mesmo em uma próxima viagem. Porque é claro que vamos voltar!

Não pesquisei opções de voos internos, mas o Guia Lonely Planet Cuba menciona duas companhias: a Cubana e a Aerogaviota.

HOSPEDAGEM

Desde o início eu tinha certeza de que queria me hospedar em uma casa particular. Essa modalidade de hospedagem ganha cada dia mais força em Cuba. Em cidades como Trinidad parece que quase todas as casas possuem o símbolo de aluguel de quartos na porta. É fácil reconhecê-las, é só ficar de olho nesse símbolo azul aqui embaixo, geralmente acompanhado do texto “Arrendador Divisa”.

Símbolo arrendados divisa

Para que uma casa possa oferecer hospedagem para turistas, ela precisa preencher alguns critérios, como ter chuveiro com água quente. Os donos das casas pagam uma taxa mensal ao governo que independe da ocupação do quarto. Em 2011 as regras foram flexibilizadas e hoje não há mais limites de número de quartos que podem ser oferecidos em uma casa. Isso fez com que algumas casas particulares se transformassem em verdadeiras pousadas. Há casas particulares para todos os gostos.

Em geral as diárias são muito baratas e variam entre 15 e 50 CUC por casal. Nós pagamos 25 CUC por cada noite e por esse preço conseguimos quartos com ar-condicionado, banheiro privativo e café da manhã. Mesmo com o real desvalorizado, ainda é muito barato!

Não foi só o preço que me fez escolher as casas particulares. O mais legal dessa modalidade de hospedagem é ter contato com os cubanos, conhecer a vida deles e ter a chance de ver como as coisas funcionam em Cuba mais de perto. Dessa forma a gente ainda garante que a renda vá diretamente para a mão das pessoas. Por isso também eu escolhi as casas menos famosas, pra gerar uma maior distribuição de renda. Nem todas minhas escolhas foram acertadas, mas no geral me surpreendi muito positivamente com o que encontrei. Não faltou conforto e comodidades nas casas em que nos hospedamos e havia o balanço certo entre contato e privacidade.

Eu usei o site Mycasaparticular para reservar os quartos para os primeiros dias em Cuba. O restante acabei reservando lá mesmo, através de indicações das casas em que nos hospedamos. A desvantagem do site é que pagamos uma taxa de 10 CUC por reserva. Outros sites desse tipo que cheguei a olhar, mas não usei, são o Casa Particular e o Cuba Casas. Como a comunicação por email não é regra em Cuba, sites como esse são de super ajuda, mas, se você conseguir se virar no espanhol, pode ligar para alguma casa que tenham te indicado e fazer a reserva diretamente.

Quando fui a Cuba, muitas casas já estavam cadastradas no AirBnB, mas ainda não era possível aos brasileiros fazer as reservas por lá. Agora parece que já é, então procurar e reservar uma casa particular em Cuba ficou ainda mais fácil.

Recebi também um email da Salomé Roth me dizendo que abriu um albergue em Havana chamado Ilé Aché. Ela é francesa, mas parece que fala bem português. São quartos compartilhados e eles cobram 10 CUC por pessoa, incluindo o café da manhã. Se você se interessar, dê uma olhada no site do Ilé Aché e na página deles no facebook.

Publiquei um post falando sobre as casas em que nos hospedamos em Cuba com todas as informações e contatos, inclusive emails e telefones que eu consegui. Aqui está: Hospedagem em Cuba.

MAPAS

Mesmo sem viajar de carro, sempre gostamos de ter um mapa do local no celular para nos deslocarmos utilizando o GPS. Isso sempre nos ajuda a descobrir se podemos ir a pé da rodoviária para o hotel ou se algum restaurantes ficar perto de onde estamos, por exemplo. Não conseguimos baixar o mapa no Google Maps para usar offline por lá e não sei se depois da atualização do sistema isso já está funcionando em Cuba. Então minha dica é o aplicativo MAPS.ME, disponível para diversos sistemas operacionais. Funcionou offline tranquilamente e nos ajudou muito por lá.

MAIS DICAS DE VIAGEM A CUBA

Encontrei muitos blogs com relatos de viagem a Cuba, mas acabei preferindo os posts de quem viajou por conta própria, já que viagens desempacotadas têm suas particularidades. Além disso, confiei nos posts mais recentes, pois muita coisa parece ter mudado para os turistas em Cuba nos últimos anos. Minhas principais fontes de informações foram os seguintes posts e blogs:

Usei muito também o Guia Lonely Planet Cuba, uma versão bem recente, de outubro de 2015, que infelizmente ainda não tem versão em português.


Bom, pessoal, acho que é isso! Espero ter respondido a maioria das dúvidas de quem está planejando uma viagem a Cuba. Se faltou alguma coisa, deixe uma pergunta nos comentários que eu tento responder. Não vou saber tudo, mas farei o possível para ajudar. Recomendo que você leia também meu primeiro post sobre o assunto, onde deixei minhas impressões gerais sobre país – Viagem a Cuba: a ilha que eu conheci.

Veja todos os posts sobre Cuba no Viaggiando.

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